CITOMEGALOVíRUS - CMV

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O Citomegalovírus (CMV) é um patógeno pertencente à família Herpesviridae, altamente disseminado na população brasileira. Considerando a estimativa que cerca de 90% da população já teve contato com o CMV, essa se torna a infecção viral mais comum em pacientes submetidos a transplantes de órgãos. Sendo assim, as infecções por CMV representam uma das principais causas de complicações em pacientes imunocomprometidos, contribuindo com o aumento do tempo de hospitalização e com os elevados custos decorrentes desse período. Além dos efeitos diretos da infecção, o CMV expõe o paciente a um risco mais alto para infecções oportunistas e aumenta a predisposição à rejeição aguda e crônica, podendo reduzir o tempo de sobrevida do enxerto e/ou do paciente.

 

O tratamento profilático à infecção por CMV é uma alternativa bastante questionada por três principais razões: 


1) ocorrência de efeitos adversos, tais como as leucopenias, 
febres, pneumonias e alterações hepatocelulares,

2) custo elevado de alguns dos medicamentos e,

3) alto risco da ocorrência de resistência aos fármacos utilizados.

 

Nesse contexto, a PCR em Tempo Real (reação em cadeia da polimerase) é um VALIOSO MÉTODO DE DIAGNÓSTICO precoce da infecção, pois se baseia em técnicas de biologia molecular de alta sensibilidade e especificidade.

 

 

 

Referências

1- Nichols, W. G., and M. Boeckh. 2000. Recent advances in the therapy and prevention of CMV infections. J. Clin.
Virol. 16:25-40

3- Paya C, Humar A, Dominguez E et al. Efficacy and safety of valganciclovir versus oral ganciclovir for prevention of
cytomegalovirus disease in solid organ transplant recipients. Am J Transplant 2004; 4:611–620

4- Eid AJ, Arthurs SK, Deziel PJ et al. Emergence of drug-resistant cytomegalovirus in the era of valganciclovir
prophylaxis: therapeutic implications and outcomes. Clin Transplant 2008; 22: 162–170

5- Sagedal S, Hartmann A, Nordal KP et al. Impact of early cytomegalovirus infection and disease on long-term
recipient and kidney graft survival. Kidney Int 2004; 66: 329–337