Perguntas Mais Frequentes

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O que é HLA?

A sigla HLA é uma abreviatura originada da língua inglesa (Human Leucocyte Antigen), e significa antígeno leucocitário humano. Formam um grupo especial de proteínas localizadas na superfície de quase todas as células do corpo humano. Elas são responsáveis pela apresentação das moléculas “estranhas” ao nosso corpo às células de defesa, os leucócitos. Estas proteínas têm muitas variantes, as quais são determinadas por genes localizados nos cromossomos. O estudo da especificidade HLA de cada indivíduo é importante, pois, alguns subtipos estão relacionados a susceptibilidade a certas doenças e são os principais responsáveis pelos fenômenos de rejeição em transplantes de órgãos e alguns tecidos.

 

O que é a Tipificação HLA?

É o exame realizado para se determinar a identificação da variante de cada subtipo do HLA. Cada indivíduo possui duas variantes de cada subtipos de HLA (exemplo: HLA-A, HLA-B, HLA-DR ...), um herdado do pai e outro da mãe. A escolha dos subtipos que serão tipificados depende da indicação. No caso de doenças pode ser bem específica. Já no caso de transplantes pode ser bem ampla, e depende do órgão/tecido a ser transplantado.


Como é realizada a tipificação?
A tipificação do HLA pode ser realizada por várias técnicas. Atualmente são utilizadas técnicas de biologia molecular que permitem determinar a especificidade do HLA pelo estudo do DNA do paciente. O DNA estudado é obtido de células do sangue, da mucosa da boca ou ainda do sangue de cordão umbilical.


Como é interpretado o resultado do HLA?
Esta interpretação deve sempre ser realizada pelo médico responsável pelo paciente. Apesar do avanço das medicações imunossupressoras que permitem alguns tipos de transplante com sucesso até mesmo sem a tipificação HLA, quando se trata de escolha de compatibilidade para transplantes quanto maior o número de semelhanças do HLA entre doador e receptor maiores são as chances de sucesso em longo prazo.

O que é Painel de Reatividade?
Algumas pessoas possuem anticorpos contra as moléculas de HLA. Os anticorpos anti-HLA são produzidos pelos glóbulos brancos quando estes identificam a presença de células estranhas no organismo, como por exemplo: após transfusões de sangue, gravidez, transplantes prévios, infecções, entre outros. O painel de reatividade é um exame que demonstra a presença e a especificidade de anticorpos anti-HLA.


Quanto está indicado?
A realização do exame está indicada no período preparatório ao transplante e em casos de suspeita de rejeição no período pós-transplante.


Como é realizado?
O laboratório colhe uma amostra de sangue do paciente e realiza a separação do soro. Por meio de técnicas de biologia molecular determina a presença de anticorpos, sua especificidade e sua concentração.


Como é interpretado?
A interpretação do painel de reatividade é bastante complexa e leva em considerações dados clínicos, laboratoriais e pessoais. Deve sempre ser realizado pelo médico responsável pelo paciente. Seu resultado pode variar entre amostras do mesmo paciente, pois, reflete a atividade momentânea do sistema imunológico.

O que é prova cruzada (cross-match)?
O exame de prova cruzada é uma simulação “in vitro” do transplante. Células do doador são colocadas em contato com o soro do receptor. No caso de existirem anticorpos anti-HLA do receptor as células do doador são “atacadas e destruidas”. A presença de uma prova cruzada positiva determina alto risco de rejeição hiperaguda após o transplante.


Quando está indicada?
A prova cruzada está indicada no período que antecede o transplante, podendo também ser realizada no período pós-transplante para avaliação de pacientes com suspeita de rejeição mediada por anticorpos.


Como é realizada?
No caso de transplante entre vivos são utilizadas amostras de sangue dos possíveis doadores e do receptor. O exame consiste na incubação de células do doador com o soro do receptor. Após a incubação as células são avaliadas no microscópio para determinar sua viabilidade.
No caso de transplante de doador falecido, são utilizadas células brancas obtidas dos gânglios linfáticos ou baço do doador e o soro dos receptores.
Pode também ser realizada por técnica de citometria de fluxo.


Como é interpretada?
A interpretação da prova cruzada é complexa e deve ser realizada exclusivamente pelo médico responsável pelo paciente.